O QUE SABER SOBRE OS RINS

O QUE SABER SOBRE OS RINS

Os rins são dois órgãos localizados em ambos os lados da coluna vertebral, atrás das últimas costelas, e medem, aproximadamente, 12 centímetros. Cada um pesa cerca de 150 gramas.

São três as principais funções dos rins:

  • Eliminar as toxinas ou dejetos resultantes do metabolismo corporal: ureia, creatinina, ácido úrico, etc.
  • Manter um constante equilíbrio hídrico do organismo, eliminando o excesso de água, sais e eletrólitos, evitando, assim, o aparecimento de edemas (inchaços) e aumento da pressão arterial.
  • Atuar como órgãos produtores de hormônios: eritropoetina, que participa na formação de glóbulos vermelhos; vitamina D, que ajuda a absorver o cálcio para fortalecer os ossos; e a renina, que intervém na regulação de pressão arterial.

Conheça algumas das curiosidades sobre as principais doenças que podem acometer os rins.

CISTO NOS RINS

Uma pergunta frequente no consultório é: preciso operar meus cistos renais? A resposta é: depende.

Uma das poucas indicações de se remover o cisto renal é se descobrirmos que ele comprime a saída de urina do rim, prejudicando a sua função.

COMO EVITAR PEDRA NOS RINS

  • Hidrate-se.
  • Beba pelo menos 2 litros de água ao dia.
  • Diminua a ingestão de sal.
  • Evite o consumo exagerado de proteínas.
  • Consuma 3 ou 4 porções de frutas cítricas ao dia.
  • Pratique exercícios.

EXISTE DIETA PARA QUEM TEM PEDRA NOS RINS?

Sim! Pacientes com histórico de pedra nos rins devem fazer reeducação alimentar para evitar novos episódios da doença.

É fundamental reduzir a ingestão de:

  • Carne vermelha.
  • Gema de ovo.
  • Soja.
  • Peixes.
  • Frutos do mar.
  • Molhos de tomate.
  • Laticínios.
  • Nozes.
  • Castanhas.
  • Amendoim.
  • Espinafre.
  • Pimentão.
  • Beterraba.
  • Chocolate.

CÁLCULO RENAL É HEREDITÁRIO?

A maioria das pessoas acredita que os cálculos renais estão relacionados apenas à má alimentação e ao consumo excessivo de sal. É claro que isso influencia bastante no desenvolvimento das pedras. O que muita gente não sabe é que as temidas pedras nos rins também estão associadas a fatores genéticos.

Pessoas que possuem histórico familiar de cálculo renal na família devem ingerir, pelo menos, 3 litros de água por dia para aumentar a eliminação renal. Além disso, devem ter bons hábitos de vida e consultar seu médico regularmente.

REMOÇÃO DO CÁLCULO RENAL

O cálculo renal, popularmente conhecido como pedra nos rins, é uma doença muito comum e que pode acometer pessoas de ambos os sexos e em diferentes faixas etárias.
O cálculo pode ser removido por diversas técnicas cirúrgicas. Conheça os procedimentos mais realizados:

  • Ureterolitotripsia: procedimento minimamente invasivo. Inserimos pela uretra um endoscópio capaz de emitir ondas que quebram os cálculos renais.
  • Nefrolitotomia percutânea: cirurgia rápida, onde é feita uma pequena incisão na pele para inserção do endoscópio, promovendo a remoção da pedra renal.
  • Videolaparoscopia: procedimento minimamente invasivo, realizado por pequenos cortes no abdome, por onde se realiza a remoção dos cálculos renais.

NEFRECTOMIA PARCIAL

A cirurgia é o principal tratamento para os carcinomas de células renais. A nefrectomia parcial é a técnica preferida para pacientes com câncer renal em estágio inicial.

Muitas vezes, é realizada para remover tumores únicos de até 7 cm de diâmetro e é removida apenas a parte do rim que contém a doença.

Os estudos demonstram que, em longo prazo, esse método apresenta resultados similares à retirada de todo o rim.

VANTAGENS DA NEFRECTOMIA PARCIAL

A nefrectomia parcial é indicada para remoção de tumores renais pequenos ou de menor complexidade.

A cirurgia possui alguns benefícios quando comparada à nefrectomia total:

  • Preservação renal.
  • Menor risco de desenvolver uma doença renal crônica.
  • Previne a realização de diálises futuras.
  • Melhores resultados funcionais.

PÓS-OPERATÓRIO

Para o sucesso e a total recuperação da cirurgia renal, o paciente deve seguir algumas orientações como:

  • Manter-se sempre hidratado.
  • Tomar os medicamentos no horário.
  • Evitar o consumo de alimentos ricos em sódio.
  • Evitar ficar deitado ou sentado por muito tempo.
  • Não dirigir por pelo menos 14 dias.
  • Caso tenha febre, dor intensa ou calafrios, procurar seu médico o quanto antes.

DÁ PRA VIVER SEM UM RIM?

Parece estranho pensar em viver apenas com um rim. Mas sim, é possível viver e ser saudável.

No entanto, é de extrema importância que o paciente faça o acompanhamento com seu médico e teste a função renal pelo menos uma vez ao ano.

Além disso, é preciso tomar cuidado com a alimentação para não sobrecarregar o rim.

DOE VIDA!

Para os portadores de insuficiência renal crônica avançada, o transplante de rins pode ser a única solução para restabelecer suas funções renais e aumentar sua expectativa de vida.

No entanto, a maioria desses pacientes passa vários anos na fila de espera para transplante. Isto ocorre devido às dificuldades de se encontrar um doador vivo com compatibilidade ou um doador que faleceu recentemente por morte cerebral.

Por isso, devemos comunicar às nossas famílias o desejo de ser um doador. Isto porque, em caso de morte encefálica, apenas os familiares podem autorizar a doação.